Vamos tornar este mundo um lugar melhor?

A história que irei contar para vocês pode parecer meio fantasiosa mas é a mais pura verdade. Vou contar como minha família ajudou a salvar a vida de uma garotinha com um suposto câncer na cabeça. E como todos nós podemos tentar fazer deste mundo um lugar melhor.

Neste ano, minha esposa foi surpreendida com uma notícia que a deixou abalada. Uma criancinha, conhecida sua, teve um diagnóstico de câncer em uma parte da cabeça. A família da criança, de origem bem humilde, reside em uma cidade pequena. Essas cidadezinhas do interior do Brasil em que mal existe o hospital municipal para prestar auxílio à população.

Foram encaminhados então à capital e por aqui fizeram diversos exames. Após a avaliação médica, o prognóstico não foi nada bom. Ela iria fazer a quimioterapia porém a chance de cura era praticamente zero. Ela teria alguns meses ainda de vida mas não poderiam fazer nada a respeito.

A família ficou desolada com a notícia. A mãe, nova com seus 20 anos, acho que nem entendia bem tudo que estava acontecendo. Minha esposa, ao saber do rumo que a vida da menina tomava, decidiu pedir uma segunda opinião para outro neurologista.

Nada de novo. As opiniões eram iguais porém este segundo médico indicou um neurocirurgião renomado da capital paulista. De imediato fomos pesquisar seu nome no google.

Realmente, o cara era bom. Já tinha aparecido até em programas de televisão. Voltamos ao google e continuamos pesquisando o nome dele, buscando algum hospital público em que sua equipe realizasse atendimento.

Encontramos 2 ou 3 hospitais em que possivelmente ele faria atendimento. E um número para contato. Passamos o número para a família. Após um breve contato com a secretária, a mesma passou o e-mail dele para que os familiares entrassem em contato.

Foram enviados dezenas de e-mails. Eles foram muito espertos, se enviassem somente 1 ou 2 e-mails, eles poderiam ficar perdidos na caixa de entrada e nunca seriam lidos. 

O inesperado aconteceu. O médico ligou para a família e disse:

"Venham para São Paulo que podemos ajudar vocês."

De início fiquei preocupado. A família era muito humilde. Se precisassem fazer uma cirurgia, como iriam pagar? E se fossem depender do SUS, como estaria a fila de espera? Sou pessimista, confesso.  

A família decidiu ir para São Paulo, afinal, não tinham mais nada a perder. Aonde residiam não existia mais esperança. Chegando em SP, ela foi prontamente atendida no Hospital do GRAAC - Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer.

O médico condenou os exames de imagem, condenou a quimioterapia, mandou retirar o cateter central e deu, o principal, um pouco de esperança para a família. Com os novos exames realizados e com outras cabeças pensantes, o prognóstico já foi outro:

"Volte para sua cidade e só retorne daqui a 6 meses para fazer exames de rotina!"

Aparentemente, a menina não carregava nenhum câncer agressivo incurável na sua cabeça. Minha esposa, morta de feliz, me pegou de surpresa com essa notícia. Sentei no sofá e comecei a ligar todos os pontos. A conversa com o neuro, a extensiva pesquisa para encontrar um contato dele, a própria índole do profissional, em ligar para a avó.

Minha cabeça explodiu quando liguei os pontos! Era tudo muito surreal! Comecei a pesquisar sobre o GRAAC, que até então, era totalmente desconhecido para mim. Queria encontrar uma forma de ajudá-los a continuar desenvolvendo este trabalho maravilhoso.

No site descobri que o grupo aceita doações em dinheiro (Bradesco), através do Fundo Municipal (boleto) e também pela lojinha, através da venda de produtos.

Vejo tantos fechamentos mensais pela finasfera, tantos aportes e não enxergo pessoas doando. Vamos mudar essa história? Não precisa ser muito, 0.5%, 1% já é alguma coisa.

Você não quer doar dinheiro mas pode doar seu tempo? Ótimo! Participe de alguma ação social, faça trabalho voluntário, adote uma instituição que nem eu adotei o GRAAC.

Façamos a diferença, amigos! Abraços e até a próxima!