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Plano B

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Gosto de guiar minha vida por objetivos. Tipo como se fosse uma fase de Super Mario World. Vamos passando fase por fase, objetivo por objetivo, subindo um degrau após o outro.

O plano B, por motivos óbvios, não é tão bom quanto o plano A. Afinal de contas, se fosse bom, não seria B, seria A, concordam? Então a gente vai ajustando conforme a vida vai caminhando.

Costumo a dizer que para um plano dar certo, ele precisa ter falhas. São nas falhas e nos erros que aprendemos lições valiosas. Quando tudo vai muito certinho, não costumamos a olhar para trás procurando outra saída ou outro rumo.

Lembram da era nostálgica das lan houses? Eu era doido e fissurado por um jogo de estratégia chamado Warcraft 3. E a cada jogo finalizado, eu tinha o costume de olhar os replays para entender aonde estavam meus erros ou acertos. Claro que eu observava com mais atenção os jogos em que perdia. Os jogos em que eu vencia não me ensinavam muito.

É igual na vida.

Planejei focar por cinco anos na dívida imobiliária. Era um plano simples, não precisava me preocupar com preço de ações nem com rendimentos de FIIs. Bastava seguir a cartilha.

Aí, no ano passado perdemos o Viver de Construção de forma trágica. Alguém tão jovem e que estava usufruindo finalmente dos seus frutos, que demoraram um certo tempo para amadurecer. Fiquei pensativo pra caramba naquela época, pensando principalmente se estava aproveitando a vida corretamente.

E neste ano, tive de supetão a notícia do falecimento de um amigo. Jovem, no auge dos seus 30 anos.

De imediato comecei a pensar na minha família e nos meus sonhos. E fiquei angustiado. A vida é mais efêmera do que imaginamos, em um piscar de olhos tudo pode acabar. 

Sentei um dia com minha esposa e desabafei que tinha muita vontade de levar meus pais para conhecer a Europa. Uma forma de agradecimento por tudo que tinham feito por mim. 

Por mais que isso fosse dar um baque nas finanças, sonho é sonho. Colocamos no papel, por baixo uns R$ 20k de passagens, hospedagens e consumo durante a estadia. Um pouco salgado, confesso, porém decidi que iria encarar.

Iria encarar porque poderia perder meus pais amanhã. Ou eu poderia não estar aqui amanhã. Por conta disso, decidi deixar o plano A em stand-by.  

Estamos destinando uma porcentagem do orçamento para pagamento da viagem e compra de euros. Um percentual que não afeta nosso estilo de vida, mas afeta diretamente as amortizações e aportes.

E para completar, percebi como estamos focados em imóveis. Nosso patrimônio atual está todo concentrado neles. Por isso, tive que iniciar um novo plano. 

Minha vontade atual é utilizar nossos rendimentos passivos para pagar parte dos juros da parcela. Não digo a parcela inteira porque a mesma possui amortização inclusa. E amortização é muito lindo porque é patrimônio.

Meu desejo para até o final do ano é que esses rendimentos cubram 40% dos juros. Não estamos muito longe, estamos em 35% atualmente. 

Gosto de ter o pé no chão e subir cada degrau de cada vez. Como os aportes serão mais tímidos, eu creio que seja possível. E enquanto isso vamos realizando um sonho e deixando outros em stand-by. 

E o principal de tudo, vamos vivendo a vida.

Grande abraço e até a próxima.


Comentários

  1. Pois é FA. Fico nesta também pensando que a vida é tao efêmera e por outro lado podemos viver até mais de 90 anos. Fica difícil se preparar e planejar para as duas coisas as vezes mas é isso mesmo, vamos vivendo a vida até quando acabar ! Abcs

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  2. Oi AA40, equilibrio é importante nesses momentos. Encontrar esse tal equilibrio que é dificil, muitas das vezes. Um grande abraço!

    ResponderExcluir
  3. Pode seguir esse plano sem medo de se arrepender. Valerá muito a pena. Estou pagando uma viagem para minha velha rsrsrs, e apesar de ser um pouco pesado no meu orçamento devido ao meu baixo salário, não me arrependi nenhum momento. O sorriso dela me mostra que está valendo cada centavo.

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    Respostas
    1. Boa noite PC, fico muito feliz em saber que não sou apenas eu que penso assim. Vejo muitos amigos viajando e nunca levam os pais. Se eu pudesse viajar com eles todos os anos, eu viajaria. Cada um pensa de uma forma, né?

      Grande abraço e parabéns pela sua atitude!

      Excluir

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