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Receitas x Despesas - Setembro/17

Penúltimo dia do mês de setembro, hora de fazer o acerto de contas e verificar se o orçamento caminhou dentro do previsto. Até semana passada, eu utilizava uma planilha que criei no Google Planilhas para controlar os gastos. Era uma planilha simples de receitas e gastos por categorias, além disso, ela calculava porcentagens de aportes. Todos cálculos simples, afinal, não sou nenhum expert em Excel.


Eu tinha um carinho especial por ela pois a cada mês que passava, eu ia melhorando-a. E tudo funcionava perfeitamente para o que precisava. Bem, isto até esse mês corrente, momento em que percebi que precisava de algo mais prático. Fui, então, em busca de apps na store do meu celular. Após uma breve busca, encontrei o Minhas Economias, um ótimo aplicativo. Simples, fácil e customizável. 

Os dados a seguir foram todos copilados pelo aplicativo. Uma observação, não vou utilizar valores absolutos. Vou utilizar percentuais pois, na realidade, isso que importa. Descrever valores de salários nada mais é que uma massagem no ego. Em minha opinião, não acrescenta em nada. Porém, respeito quem pensa diferente.

Vamos lá, consideraremos como Receitas: meus salários, dividendos/JSCP de ações, rendimentos de FIIs e algum extra que possa ter entrado na conta durante o mês corrente.

E estes foram os percentuais relacionados às  minhas despesas:

Aporte: 38.9%
Alimentação: 13.9%
Casa: 11.4%
Saúde: 10.7%
Transporte: 9.9%
Lazer: 9.3%
Outros gastos: 5.9%

Vamos analisar item por item então:

Aporte (38.9%): tenho como meta pessoal aportar pelo menos 30% do salário. Não se iludam com esses livros que falam em aportar somente 10%. Para conseguir alcançar algo com esta pequena porcentagem, somente se seu salário for bem acima da média. Os trabalhadores comuns precisam aportar alto ou então, continuarão boiando n'água.

Quitei algumas dívidas mês passado, por isso a faixa de aporte quase bateu 40%. Me senti bastante feliz. Valeu a pena a persistência e disciplina! Agora é continuar com o bom trabalho pros próximos meses.

Alimentação (13.9%): abrange as refeições que como no serviço, supermercado e refeições que comemos fora de casa. Esta despesa deveria ser menor, já temos 2 meses que estamos tentando reduzí-la pois comer fora de casa é muito caro. Vamos ver como iremos nos comportar até o final do ano.

Casa (11.4%): débitos referente a prestação, condomínio, diarista, internet, luz, gás e telefone. São muitos gastos porém não decidimos modificar nosso estilo de vida. Enquanto a grande maioria das famílias brasileiras retiram 20% a 30% do salário com débitos referentes à casa, nós gastamos quase 10% e guardamos o restante.

Novamente, mudança de mindset. Ter objetivos na vida é essencial senão qualquer resultado será bem-vindo. Queremos qualquer resultado? Não mesmo. Poderíamos mudar para um lugar maior e melhor? Sim. É realmente necessário? Nenhum pouco.

Saúde (10.7%): compreende os gastos com planos de saúde, farmácia e dentista. Enquanto eu puder pagar plano de saúde, irei fazê-lo. Trabalho com SUS todos os dias e não pretendo depender dele em nada.

Transporte (9.9%): aqui os gastos poderiam ser reduzidos porém nossa qualidade de vida iria desabar. Temos gastos com seguro de automóvel, combustível, estacionamentos e manutenções. O transporte público na cidade em que resido é péssimo (assim como no Brasil todo?). Imagine você se deslocar de um vínculo para outro em um curto espaço de tempo e dependendo de ônibus? Não dá. 

Aceito gastar um pouco mais nesse caso. Afinal, precisamos de um mínimo de conforto nessa vida :)

Lazer (9.3%): considero nessa categoria, cinema, shows e viagens. Dependendo do mês pode flutuar para mais ou menos. 

Outros gastos (5.9%): auxílio financeiro aos meus pais, educação, livros, presentes, tarifas bancárias, enfim, qualquer coisa que não se encaixe nas outras categorias.

Foi um ótimo mês, consegui ir além dos meus objetivos e isso me deixou realmente contente. Agora me digam vocês, temos gastos semelhantes? Costumam a usar planilhas ou aplicativos? Por hoje é só, um grande abraço!

Comentários

  1. Olá Frugal Aportador

    Tenho gastos parecidos aos seus. Faço numa planilha no Excel e upo ela no One Drive, pra poder usar no smartphone onde eu estiver.
    Particularmente não gosto de aplicativos porque me limitam, já que minha planilha tem peculiaridades que os Apps não dispõem. Mas são de grande ajuda e facilidade.

    Quanto ao seu uso do carro, apesar de toda discussão na blogosfera eu continuo usando o meu. Eu considero como qualidade de vida. Nem que tenha que diminuir o lazer. Mas com a violência atual, não dá mais pra tá andando por aí dando bobeira, especialmente com família.

    Abraços

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    1. Poupador, as planilhas realmente são melhores pois, como vc disse, pode inserir particularidades do seu orçamento. Esse mês abri minha planilha apenas pela nostalgia rss.

      Sobre carro, pensamos de forma semelhante. É qualidade de vida. Eu não queria ter carro, não mesmo. São gastos e gastos. Mas não vejo saída.

      Abs!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Olá Frugal

    Concordo muito que é você disse sobre os aportes 10% é muito pouco, sem comprometer
    a qualidade de vida tem que aportar muito mais, realmente o transporte publico salvo em raras exceções é um lixo especialmente em horário de pico.

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    1. Oi Socrates, exatamente, 10% deve ser o mínimo a ser guardado. Um grande abraço!

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    2. 10% só depois de ter a bola de neve devidamente formada, etapa em que a renda passiva já supera o aporte.

      Nos primeiros 10 anos, deve-se aportar PELO MENOS 30%. Quanto maior a porcentagem de aporte, menos tempo levará pra chegarmos no estágio de tranquilidade financeira.

      Atualmente estou nos ~40%, às vezes bate um desânimo imenso, vontade de trocar de carro, comprar AP, fazer viagens fodas, comer putas TOP, comprar os video-games mais atuais... é difícil manter a frugalidade no longo prazo.

      No começo é preciso mais esforço, depois podemos afrouxar o ritmo e colher os frutos de tantos anos de disciplina férrea.

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    3. Olá Anon, realmente, é um teste de resistência, ser frugal e viver poupando durante 5, 10 anos. É um estilo de vida.

      Obrigado pela contribuição, abs!

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  4. Bom dia FA,

    Também estou contigo nessa de aportar somente 10%, o resultado será bem fraco e demorado, melhor economizar e aportar mais, nossa maior força ainda é o aporte!

    Como você considera os gastos com cartão de crédito? Contabiliza no mês da compra ou no mês da fatura?

    Abraços.

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    1. Olá Pai Investidor, tenho uma estratégia com o cartão. Meu consumo mensal é todo nele. O dinheiro do mês fica aplicado até a data do pagamento da fatura.
      Ganho de diversos modos assim: milhas, rendimento do fundo e tenho a organização de saber aonde estão os gastos.

      Ainda irei escrever a respeito. Acho uma estratégia muito boa.

      Abraços!

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